É na menopausa que as mulheres se deparam com as mais diversas mudanças no corpo, entre os sintomas mais comuns estão as ondas de calor, suores noturnos, insônia, aumento da ansiedade e irritabilidade. O que a maioria das pessoas não sabe é que além desses efeitos, podem ocorrer alguns problemas relacionados à visão, como síndrome do olho seco, sensibilidade à luz e coceira nos olhos.
“Isso ocorre devido às mudanças hormonais que alteram o filme lacrimal”, explica o oftalmologista Dr. Luiz Fernando Fajardo de Andrade Lima. “Por meio do uso de colírios e com o acompanhamento de um especialista é possível corrigir o problema e minimizar os sintomas”, completa.
As chances de a mulher desenvolver a catarata também aumentam durante a menopausa. “A catarata surge por uma alteração nas células do cristalino – lente natural do olho formada por camadas. Uma destas camadas tem receptores do estrogênio (hormônio feminino) e ao receberem esse hormônio as células oculares inibem a produção da proteína que causa a doença. Comoa menopausa caracteriza-se, principalmente, pela interrupção da circulação do estrogênio, pode facilitar o surgimento da catarata”, explica o médico.
Porém, esta afirmação não é um consenso geral, segundo Luiz Fernando Fajardo. “Enquanto algumas pesquisas mostram que a reposição hormonal ajuda a evitar o desenvolvimento de catarata, outros estudos apresentam que a reposição hormonal aumentou em 18% o risco de desenvolvimento da doença”, pontua.
O médico relata que independente desses estudos, é importante que as mulheres que estão atravessando esta fase fiquem atentas aos sintomas da catarata. “Em seu estágio inicial, a doença pode causar uma perda discreta da qualidade visual, alterando a visão das cores, que se apresentam mais desbotadas. Outro sintoma comum é a diminuição da acuidade visual noturna, às vezes com certo ofuscamento na presença de focos intensos de luz, como faróis de automóveis”, conta.
Conforme a catarata avança, a visão fica progressivamente mais turva e embaçada, prejudicando as atividades cotidianas, como a leitura ou assistir televisão, por exemplo.
Cuide-se!
Caso a catarata seja diagnosticada, a técnica mais indicada é a Facoemulsificação. O método requer uma pequena incisão e anestesia tópica, ou seja, realizada utilizando apenas colírios. O procedimento é realizado em aproximadamente 8 minutos. A catarata é fracionada em partículas microscópicas, que são aspiradas. Na sequência, o cristalino é substituído por uma lente intraocular. A permanência no centro cirúrgico é de aproximadamente duas horas, incluindo o pré-operatório, a cirurgia e a recuperação pós-cirúrgica, e o paciente recebe alta no mesmo dia.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto de Oftalmologia de Curitiba