Entre maio e setembro deste ano, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) participou de um trabalho inédito, em Pernambuco e no Nordeste, envolvendo a lente de contato Esclera SC – The Second Generation. Fabricada pela Mediphacos, multinacional especializada no segmento oftálmico, a lente é uma grande inovação para pacientes com córneas irregulares.
A equipe do departamento de lentes de contato do IOR integrou um seleto grupo de cientistas brasileiros que testaram a novidade, em 30 entidades diferentes de oftalmologia, espalhadas pelo Brasil. “É uma lente específica para quem tem problemas na córnea, portadores de ceratocone e para uso após cirurgia refrativa. A nossa experiência e a dos pacientes foi bastante positiva”, comenta a Dra. Alzira Lins.
Ao todo, 23 pacientes, com idades entre 12 e 60 anos, usaram as novas lentes. A maioria era portador de ceratocone. Parâmetros como conforto, qualidade da visão, saúde ocular, dentre outros, passaram por análises. Enquanto usadas pelo grupo, as lentes foram submetidas a testes de comparação com outros produtos disponíveis no mercado. “Com outras lentes o olho só respira em torno de 50%. Constatamos que com a SG Esclera esse índice pode chegar a 100%, o que é muito importante para a córnea e benéfico para o usuário”, avalia a médica.
Altamente flexível e apoiando-se na esclera (parte branca do olho), a nova lente de contato corrige deformações na curvatura corneana (ectasia), aplanamento central ou descentralizado da córnea, opacidade e/ou cicatrizes corneanas (haze). Também ajusta diferenças significativas de refração entre um olho e outro (anisometropias), graus residuais, astigmatismo residual (regular ou irregular), baixa visão induzida por aberrações ópticas, dentre outras complicações. “É uma lente proveitosa para quem tem patologias complicadas e desenhos dos olhos especiais. Principalmente, porque pode ser personalizada e adaptada à anatomia do olho e necessidade visual do paciente”, explica o Dr. José de Barros, membro da equipe de lentes de contato.
A SG Esclera traz avanços tecnológicos importantes para os oftalmologistas que lidam com casos desafiadores na área de lentes de contato. “Antigamente, precisávamos modificar o produto para ajustá-lo. Agora, podemos mexer, retirar, aumentar ou diminuir qualquer segmento da lente, para que se adeque ao formato anatômico do olho, sem necessidade de modificar o grau”, revela Barros.
Fonte: assessoria de comunicação do Instituto de Olhos do Recife